sábado, 25 de julho de 2009

15. Eutanásia. Sim! Aborto já Aplaudido!



Enquanto Ivaginada dorme, eu ocupo o seu blog...o que até já vem sendo habitual!
Desta vez luto pelo direito ao Sono Eterno.
Com ou sem Campa - que eu até sou daquelas que prefere ir a favor do ditado popular inglês, 'dust to dust'!
Luto por direito à minha morte.
Caraças, se a vida é minha, porque hão-de querer ampliá-la para além da minha vontade?
A única certeza na vida, é o fim desta...então para quê adiá-lo?
Por medo do desconhecido?
Mas todo o milésimo de segundo desta vida, faz parte do desconhecido e no entanto insiste-se em vivê-la.
Até ao momento ainda não tive que decidir... mas adoraria que quando chegasse essa altura, EU pudesse ser a Dona da decisão.
Já sei...vão dizer: 'queres matar, mata-te! '... mas não é tão simples assim, pois pode a tentativa de suicídio correr mal e 'prontos' estou tramada, lá vão tentar contrariar a minha vontade, fazendo-me sobreviver! Para azar dos azares, ainda fico toda estropiada e nem capacidades para novo suicídio passo a ter!
Não que pense em morrer por morrer...mas honestamente não me apraz ser cobaia de testes clínicos, e suportar dor é algo que me aflige imenso.
A solução da vida, por vezes, não passa mesmo pelo fim desta!
Então deixem partir quem o pretende fazer... para quê transferencias sanguíneas, seguidas de transferencias sanguíneas, se o exame final é: morte decretada em alguns dias/meses.
Se existem métodos para prolongar a vida e estes estão Nacionalmente autorizados, porquê não autorizar os que permitam colocar 'um ponto final', em algo cujo final já está decretado? Certamente saem mais baratos ao estado.
Eu não grito - matem-te! Apelo matem-me quando eu já tiver essa sentença aproximada!
Depois de um Sócrates não filósofo, mas politico:
1. exterminar a possibilidade do fumador, quando muito bem lhe apetecia, atacar, as plaquetas sanguíneas dos não fumadores!
2. permitir à mulher decidir o que fazer em relação ao corpo dela, no que toca ao aborto...como mulher levanto-me e aplaudo esta decisão!
3. fica-lhe a faltar a decisão do SIM À EUTANÁSIA!


Se se vive numa democracia é mais que lógico:
1. que o fumador tenha iguais direitos que o não fumador...ou seja não obrigue o não fumador a gramar com a
'pastilha'
2. que a mulher, decida o que fazer ao seu corpo e mais meia dúzia de células que a importunam- um Viva ao Aborto! Por que raio haviam outros de decidir em prole do seu corpo?
3. apelo aqui ao Sim à Eutanásia!

Como estas decisões demoram, vou já preparar o meu sono eterno, com uma soneca no sofá!

3 comentários:

Anónimo disse...

D. Suricata, parece que a sinto, a modos que, sem grande energia...e essa falta de energia retira-me um pouco da minha capacidade de seguir em movimento.Assim sendo, não me vou alongar, até porque, concordo, de grosso modo, com as tuas observações. Não vejo sentido para o prolongamento da vida em sofrimento, em dor e sem a mínima perspectiva de melhorar. O sofrimento duplica no envolvimento dos familiares do doente que vêm o ente querido agarrado à vida porque os medicamentos, os tubos,as injecções, o oxigénio desempenham o seu papel. Quanto ao aborto, creio q na maioria seria evitável, se as relações sexuais fossem protegidas pelos processos anticonceptivos...Também apelo a que o fim definitivo do meu movimento, seja ajudado...enfim não me deixam ir parando...ir parando...dêm-me uma ajudinha e fiquem felizes por ter contribuido para que Maria parasse o seu movimento...é que andar também cansa.
Beijos para a ivaginada que, ivagino, já deve ter despertado do seu sono.Mariaemmovimento

Anónimo disse...

Fogo, uma pessoa não pode ir de vacances uns míseros dias e já está em falta em tanto assunto....admite que já tinhas saudades minhas...admite láaaaa!!!!
Esta questão da eutanásia dá que pensar e cada caso é um caso e pardais ao ninho, bem verdade. Partilho das tuas sãs ideias, e claro que as seringadas e demais ditos tratamentos da sociedade médica me afligem, quando o fim à vista é a cova ou o fogão (que é mais VIP). Se a pessoa tem essa convicção, quem são os outros para decretar "sofrimento obrigatório"??? Em relação à minha insignificante existência (atenção...insignificante no mundo em geral, não no meu mundo em particular....que fique claro que HÁ pessoas que me acham importante...adiante)eu não sei se tomaria tal decisão, a não ser que me quisessem arrancar as unhas a sangue frio, mesmo arrancadinhas ao sabugo...biac...posta essa hipotese: sim, vejo-me a tomar tal decisão, sem sequer ponderar unhas de gel, mas quem fala é uma pessoa que o máximo de sofrimento fisico que experimentou foi ver a sua paxareca elevada a escala dinossaurica e o pós operatorio de um arrancamento de amigdalas, em que me disseram "ah e tal vais poder comer geladinhos, que bom", só não avisaram que depois da primeira lambidela só se quer enfiar a cabeça contra a parede mais proxima!!! A nível psicologico também tenho o defeito de ser inconstante demais para ter a certeza que depois de me decidir, quando desligassem o fio, as minhas ultimas palavras não seriam: "esperem, afinal...", piiiiiiiiiiiiii...la me tinha ido eu para o paraiso das virgens e do rio de mel, a deixar ao mundo o meu legado de indecisão eterna! Mas apoio o facto de simplesmente termos essa opção e que a condição humana deve ser respeitada e não maltratada pela audácia de acharmos que podemos decidir até quando um outro ser humano pode sofrer. O meu limite para a dor e desespero pode não ser o do vizinho do lado, e só nós próprios podemos avaliar o quanto mais podemos e queremos aguentar. Sim, essa opção deveria existir, sem sombras de duvidas. Claro que há muitas excepções à regra e casos em que originaria realmente duvidas, mas estamos a falar de situações extremas, certo? Voltando a mim, acho que só saberia se tomaria essa decisão se chegasse ao infortunio (escreve-se assim?)de a ter de ponderar...e seria dificil, mesmo diante de horrivel sofrimento, pois o mundo sem mim não presta e tenho de pensar no resto da humanidade (esta foi para aliviar)!!!
O meu rico paizinho, esse sim ja passou por muito, que amo e admiro costuma dizer: "se os olhinhos ainda funcionarem ao menos dá para ver filmes"...
Deixando a brincadeira de lado, sim, a eutanásia é um direito que uma pessoa deve ter quando a sua unica opção é o sofrimento.
No caso do meu marido, ele pede-a muitas vezes quando se lembra que vai passar o resto da sua vida a meu lado, ja sabem, quando a lei sair sou uma mulher só!!!Desculpem, outro defeito, não consigo falar a serio muito tempo...e a culpa é tua Suricata ranhosa e dos teus peidos venenosos que me marcaram prá vida...
ATA Cainha

Maria disse...

Eu_ta_na_ásia:
É falso, não estou na Ásia,estou neste rectângulozinho à beira mar plantado.
Vida e morte. Ontem, hoje, amanhã.
Eu cá (não lá, na Ásia) fui aprendendo que o passado já era, o futuro não me pertence, e que o que vale mesmo é o presente que de tão importante tem que ser vivido como UM Presente, uma dádiva. Não sei o que há depois da morte, se algo houver depois saberei.
Concordo com a suricata a maria movimentada (rss) e a Cainha...a Vida é para ser vivida e prolongá-la para além da esperança será, não um acto de compaixão, de dedicação ao outro, muito pelo contrário será para se sentir bem consigo próprio, para sentir que fez tudo o que estava ao seu alcande para que aquela pessoa "vivesse" mais uma hora, um dia, um mês.
Então um Viva à Vida...plena